Tudo é Nada 1
O Quitério Langa propõe-nos 3 textos, com o título comum "Tudo é Nada".
Aqui vai o primeiro:
TUDO É NADA
Sobre a tradição:
Como todas as antiguidades e particularidades, a tradição apresenta-se sobre o mesmo espectro, como a fonte e centro de todas as antiguidades, e na sua particularidade como algo muito específico, tangivel sobre o seu aspecto singular, distinto e distinguivel cujos traços são fáceis de identificar. Ela na ideia comúm, contitui no espaço mais amplo das sociedades o que produz a alteridade.
É curiosa a forma como a tradição é assim entendida e apreendida, ela nestes aspectos desperta algumas curiosisdades, e é sobre esses aspectos que me quero referir.
É comúm dizer-se, esta é a nossa tradição, a nossa tradição é desta ou daquela forma, estes são os mandamentos da nossa tradição, e mais interessante ainda é que em muitas das ocasiões essa tradição é considerada como estando localizada, seja num dado espaço geográfico, pertencente a um dado grupo afim ou mesmo no tempo, por exemplo, é comúm as pessoas do sul de Moçambique no geral identificarem-se com práticas como o lobolo e a descendência patrilinear, entre outras, como seus valores e ou práticas tradicionais. Refiro-me a estes dois elementos apenas como exemplo e também para facilitar a minha análise sobre a questão, vários outros exemplos poderiam ser dados, mas situemo-nos apenas nestes.
Independentemente da maneira como a tradição se apresenta em qualquer espaço, quais os aspectos que fazem com que ela seja tida como tradição? Quais os conteúdos da tradição que fazem com que ela exista?
Sei que uma resposta com rigor científico requer para estas questões um estudo e análise que provavelmente para as pretenções deste artigo não satisfazem, mas ainda assim julgo ser pertinente a abertura de um debate mais simples sobre estas questões e é isso que me proponho realizar.
Podemos dizer que quase todos os moçambicanos reconhecem que têm uma origem rural, e é para esses espaços de origem que muita das vezes se dirigem para realizar os seus cultos aos antepassados. Estes espaços são assim tomados como fontes de uma garantia metasocial do sucesso para as suas aspirações na vida. Mesmo aquelas pessoas que por alguma razão já não se dirigem a esses espaços, estes servem de referência das suas origens, reconhecem e atribuem os seus infortunios ao facto de estarem em dívida para com seus antepassados, e em muitos casos a busca das origens tem sido uma das preocupações que as aflinge.
Quando alguém realiza o lobolo, obedece no seu parentesco a via patrilinear na transmissão da filiação, bens e poder, ou se dirige às suas origens rurais para realizar o culto aos antepassados, considera que vai ao encontro das suas raízes, da tradição. É claro que estas práticas existem, e constituem o que poderemos chamar de hábitos tradicionais. Não é dificil percebermos como esse conjunto de costumes são acompanhados de crenças que as justificam, razão pela qual sobrevivem há muito tempo.
É por serem antigos, dotados de reconhecimento colectivo, e aceites socialmente que estes hábitos têm necessariamente valor, mas olhemos a fundo de que valores se trata. O substrato do lobolo, da descendência patrilinear e do culto aos antepassados está associado a relações de poder, na qual uma faixa significativa da sociedade vive oprimida e subjugada dos seus direitos: as mulheres e crianças.
A descendência patrilinear e o lobolo, institucionalizam o corpo da mulher como propriedade do homem, e por via dos princípios que orientam estas práticas, o homem goza de todos os direitos socialmente aceites sobre esta, ou seja, adquire o título de propriedade da mulher e por via desta dos descendentes. Os exemplos sobre essas práticas são vários e variados, desde a sua inclusão na família do marido como força de trabalho gratuita, instrumento de reprodução biológica sem direito a difinir qualquer laço de descendência, à sua exclusão dos direitos de propriedade, herança e sucessão. Podemos até acrescentar situações interessantes como os casos em que a mulher gera um filho fora do casamento. Nestes casos, impõe-se que o reconhecimento da paternidade do filho seja realizado pelo vínculo marital, passando este a pertencer à linhagem do marido.
É interessante que a ideia que sustenta esta prática esteja em concordância com os princípios de uma prática que engendra ordem social, inaltecendo o sentido que se dá à importância significativa que a ideia de pai representa, não apenas por ser a referência do provedor principal da família, mas fundamentalmente porque um filho sem pai, dado que a mãe é um facto biológico, é rejeitado socialmente. É mais interessante ainda que estas prátcas apenas protegem a figura do pai e os benefícios do poder que a descendência patrilinear engendra, remetendo a mulher para a invisibilidade social, desprovendo-a de qualquer laço histórico preservavel pelo tempo.
O culto aos antepassados institucionaliza a dependência dos destinos dos vivos em relação aos mortos. A obediência aos princípios desta prática representa assim a garantia de protecção perante o mal. Aos mortos se fazem oferendas, procura-se-os para os consultar sobre os procedimentos a adoptar para realizar qualquer tipo de acção por forma a que se seja bem sucedido e outros aspectos mais.
O mais interessante destes cultos é que eles só são entendidos, interpretados e até permitidos por um grupo muito restrito constituido na maior parte das vezes pelos círculos centrais do poder familiar compostos em grande medida pelos homens, remetendo as mulheres, os jovens e as crianças à esfera de uma obediência cega e inquestionável.
Com estas práticas desqualifica-se e oprime-se pessoas, inviabilizam-se projectos e famílias, destroem-se laços, tudo em nome da tradição. Um pouco mais a fundo, observam-se direitos limitados, expectativas sufocadas, só porque estas práticas constituem hábitos seculares e a preservar, e elas decerto que mantêm-se por vontade do sector mais conservador e intolerante da sociedade, o sector masculino.
Porque não pode ser tradicional o combate por uma sociedade de direitos igualitários, de liberdades dos indivíduos indiscriminadamente, a promoção do bem estar social sem qualquer tipo de distinção e opressão? Se para erigir um novo sentido de tradição for necessário atirar para o lixo práticas descriminatórias e intolerantes, pois que se tenha coragem agora.
É um debate em aberto.
Quitério Langa
Aqui vai o primeiro:
TUDO É NADA
Sobre a tradição:
Como todas as antiguidades e particularidades, a tradição apresenta-se sobre o mesmo espectro, como a fonte e centro de todas as antiguidades, e na sua particularidade como algo muito específico, tangivel sobre o seu aspecto singular, distinto e distinguivel cujos traços são fáceis de identificar. Ela na ideia comúm, contitui no espaço mais amplo das sociedades o que produz a alteridade.
É curiosa a forma como a tradição é assim entendida e apreendida, ela nestes aspectos desperta algumas curiosisdades, e é sobre esses aspectos que me quero referir.
É comúm dizer-se, esta é a nossa tradição, a nossa tradição é desta ou daquela forma, estes são os mandamentos da nossa tradição, e mais interessante ainda é que em muitas das ocasiões essa tradição é considerada como estando localizada, seja num dado espaço geográfico, pertencente a um dado grupo afim ou mesmo no tempo, por exemplo, é comúm as pessoas do sul de Moçambique no geral identificarem-se com práticas como o lobolo e a descendência patrilinear, entre outras, como seus valores e ou práticas tradicionais. Refiro-me a estes dois elementos apenas como exemplo e também para facilitar a minha análise sobre a questão, vários outros exemplos poderiam ser dados, mas situemo-nos apenas nestes.
Independentemente da maneira como a tradição se apresenta em qualquer espaço, quais os aspectos que fazem com que ela seja tida como tradição? Quais os conteúdos da tradição que fazem com que ela exista?
Sei que uma resposta com rigor científico requer para estas questões um estudo e análise que provavelmente para as pretenções deste artigo não satisfazem, mas ainda assim julgo ser pertinente a abertura de um debate mais simples sobre estas questões e é isso que me proponho realizar.
Podemos dizer que quase todos os moçambicanos reconhecem que têm uma origem rural, e é para esses espaços de origem que muita das vezes se dirigem para realizar os seus cultos aos antepassados. Estes espaços são assim tomados como fontes de uma garantia metasocial do sucesso para as suas aspirações na vida. Mesmo aquelas pessoas que por alguma razão já não se dirigem a esses espaços, estes servem de referência das suas origens, reconhecem e atribuem os seus infortunios ao facto de estarem em dívida para com seus antepassados, e em muitos casos a busca das origens tem sido uma das preocupações que as aflinge.
Quando alguém realiza o lobolo, obedece no seu parentesco a via patrilinear na transmissão da filiação, bens e poder, ou se dirige às suas origens rurais para realizar o culto aos antepassados, considera que vai ao encontro das suas raízes, da tradição. É claro que estas práticas existem, e constituem o que poderemos chamar de hábitos tradicionais. Não é dificil percebermos como esse conjunto de costumes são acompanhados de crenças que as justificam, razão pela qual sobrevivem há muito tempo.
É por serem antigos, dotados de reconhecimento colectivo, e aceites socialmente que estes hábitos têm necessariamente valor, mas olhemos a fundo de que valores se trata. O substrato do lobolo, da descendência patrilinear e do culto aos antepassados está associado a relações de poder, na qual uma faixa significativa da sociedade vive oprimida e subjugada dos seus direitos: as mulheres e crianças.
A descendência patrilinear e o lobolo, institucionalizam o corpo da mulher como propriedade do homem, e por via dos princípios que orientam estas práticas, o homem goza de todos os direitos socialmente aceites sobre esta, ou seja, adquire o título de propriedade da mulher e por via desta dos descendentes. Os exemplos sobre essas práticas são vários e variados, desde a sua inclusão na família do marido como força de trabalho gratuita, instrumento de reprodução biológica sem direito a difinir qualquer laço de descendência, à sua exclusão dos direitos de propriedade, herança e sucessão. Podemos até acrescentar situações interessantes como os casos em que a mulher gera um filho fora do casamento. Nestes casos, impõe-se que o reconhecimento da paternidade do filho seja realizado pelo vínculo marital, passando este a pertencer à linhagem do marido.
É interessante que a ideia que sustenta esta prática esteja em concordância com os princípios de uma prática que engendra ordem social, inaltecendo o sentido que se dá à importância significativa que a ideia de pai representa, não apenas por ser a referência do provedor principal da família, mas fundamentalmente porque um filho sem pai, dado que a mãe é um facto biológico, é rejeitado socialmente. É mais interessante ainda que estas prátcas apenas protegem a figura do pai e os benefícios do poder que a descendência patrilinear engendra, remetendo a mulher para a invisibilidade social, desprovendo-a de qualquer laço histórico preservavel pelo tempo.
O culto aos antepassados institucionaliza a dependência dos destinos dos vivos em relação aos mortos. A obediência aos princípios desta prática representa assim a garantia de protecção perante o mal. Aos mortos se fazem oferendas, procura-se-os para os consultar sobre os procedimentos a adoptar para realizar qualquer tipo de acção por forma a que se seja bem sucedido e outros aspectos mais.
O mais interessante destes cultos é que eles só são entendidos, interpretados e até permitidos por um grupo muito restrito constituido na maior parte das vezes pelos círculos centrais do poder familiar compostos em grande medida pelos homens, remetendo as mulheres, os jovens e as crianças à esfera de uma obediência cega e inquestionável.
Com estas práticas desqualifica-se e oprime-se pessoas, inviabilizam-se projectos e famílias, destroem-se laços, tudo em nome da tradição. Um pouco mais a fundo, observam-se direitos limitados, expectativas sufocadas, só porque estas práticas constituem hábitos seculares e a preservar, e elas decerto que mantêm-se por vontade do sector mais conservador e intolerante da sociedade, o sector masculino.
Porque não pode ser tradicional o combate por uma sociedade de direitos igualitários, de liberdades dos indivíduos indiscriminadamente, a promoção do bem estar social sem qualquer tipo de distinção e opressão? Se para erigir um novo sentido de tradição for necessário atirar para o lixo práticas descriminatórias e intolerantes, pois que se tenha coragem agora.
É um debate em aberto.
Quitério Langa
1 Comments:
Caro Quitério,
Na última semana o meu acesso à internet não esteve muito bom. Por essa razão, não pude ler com cuidado o comentário que fez ao artigo que publiquei no jornal Notícias. Só hoje é que o fiz e reparei que o seu irmão, o Patrício, havia dado uma resposta que me parece contundente. Ele expõe o meu argumento duma forma que até me levou a exclamar para comigo "afinal era isto que eu queria dizer!". Devo, contudo, corrigir o Patrício num aspecto: quando digo que todos nós estamos implicados no aproveitamento da situação actual para fins próprios, não defendo a ideia de que nenhum princípio ético possa impedir as pessoas de tirar proveito dessa situação. Afinal, é o sentido ético que leva muitos de nós a deplorarem a actual situação.
Teria deixado as coisas por aí se não fosse este texto sobre a tradição que me parece contradizer profundamente a crítica que me fez. Tal como comenta jpt, o Quitério parece estar a demonizar e a absolutizar a tradição. Cheira um pouco à figura do exótico que julgou descobrir no meu texto. Se a sua ideia de tradição não corresponde ao que julga ter encontrado no meu texto, então não tenho a certeza se percebi a sua crítica. Acho que uma boa parte dos comentários que tece à volta do meu texto assenta em equívocos na sua leitura. Apresso-me a dizer que isso não é sua culpa, exprimi-me, provavelmente, de forma pouco clara. Há três equívocos no seu comentário.
O primeiro diz respeito à palestra que diz ter assistido. Escreve que nessa palestra defendi a ideia de que a África entrou para a modernidade e para a história com as descobertas. Isso permite-lhe concluir que sou de opinião que o período anterior às descobertas pertence ao campo da especulação, isto é "... à produção de uma realidade histórica imprecisa e mítica". Não sei onde foi buscar estas ideias. Na verdade, nas várias palestras que fiz sobre o assunto nunca falei de "descobertas", nem de a África entrar para a "História". O meu argumento nessas palestras, que se baseia num livro com o título "O que é a África? História e Sociologia Cultural duma Construção Moderna" (minha tradução do título original em alemão), é de que a noção de África como uma comunidade axiológica e de destino é uma construção moderna que surgiu com o colonialismo. Digo também que o colonialismo é que foi o principal vector da modernidade no nosso continente; foi em referência a este fenómeno histórico que nós ganhamos consciência duma identidade continental assente em pressupostos culturais semelhantes. Como pode ver, esta ideia não relega o tempo anterior à colonização ao campo do mítico e da imprecisão. Repito, não sei onde foi buscar estas ideias, de mim não foi tanto mais que no livro que já referi faço também uma análise dos oito volumes de História africana publicados pela UNESCO nesses moldes.
O segundo equívoco resulta, creio, do primeiro. Insiste muito na ideia de que defendo, nos artigos em questão, a posição segundo a qual os fenómenos sociais africanos seriam inexplicáveis, daí que não ofereça outra saída senão a capitulação. Acho esta insistência estranha na medida em que o objectivo desses artigos é justamente de tentar perceber o que se está a passar. Eu não capitulei. Abro aqui um parêntesis para dizer que a julgar pelo que escreve sobre a tradição, o Quitério é que parece ter capitulado. O seu argumento lembra o impulso de modernização da Frelimo revolucionária. Tal como naquela altura, a simples ideia de que práticas retrógradas deviam ser ultrapassadas não vai trazer a transformação. É preciso apreciar o contexto em que essas práticas ocorrem e a relação que os indivíduos estabelecem com os tempos em que vivem. Isso é tanto mais necessário quanto existe o perigo real de, justamente, o jpt tem razão, demonizar e absolutizar a tradição. No artigo que contesta defendo precisamente a ideia de que há muito a ganhar analiticamente se nos concentrarmos na relação entre as nossas práticas do quotidiano e o contexto moderno em que elas evoluem. Digo, inclusivamente, que não são irracionais as coisas que observamos, elas são apenas sintomáticas desta difícil relação.
Não vejo, portanto, uma cultura tradicional africana que se opõe a uma cultura científica ocidental. Vejo, isso sim, a instrumentalização da diferença que está patente na sua insistência - sem referência ao que eu realmente escrevi - na ideia de que existe uma outra racionalidade que é preciso tomar como ponto de partida para perceber esses fenómenos. Entre a explicação bio-médica da malária e a explicação com base no mau olhado é claro que prefiro a primeira. O Quitério também, suponho. Aí não entra a questão de racionalidade diferente. Mesmo na Europa a relação entre a cultura tradicional e a cultura científica não foi pacífica. Contudo, os europeus já estão mais reconciliados com a cultura científica, enquanto que nós ainda temos um longo caminho a percorrer. Se reconhecer isso é ressuscitar a figura do exótico, então concordo consigo e não vou pedir desculpas. Daí fica claro que o argumento que levanta sobre africanos que podem pensar cientificamente não cabe aqui, uma vez que nunca neguei isso. Acho até que é justamente o seu argumento de racionalidades diferentes que sugere isso.
O último equívoco tem a ver com a questão do processo civilizacional. Se entendermos esta noção como a descrição dum processo de europeinização, então as suas inquietações têm toda a razão de ser. O problema, contudo, é que não é nesse sentido que entendo a noção. É verdade que há uma ponta de evolucionismo no meu argumento, mas a ideia central é esta: qualquer sociedade ou comunidade precisa de resolver problemas resultantes do facto de a convivência se tornar cada vez mais complexa. A resolução desses problemas com base em novas formas de relacionamento - de gestão de relações sociais - é o que constitui para mim o processo civilizacional. As comunidades e sociedades africanas, infelizmente, vêm-se confrontadas com problemas de convivência bastante sérios e formidáveis. Uma boa parte desses problemas resulta da presença de artefactos modernos que ultrapassam a nossa capacidade de os produzir, manter e domesticar. O Patrício expôs isto muito bem, por isso escuso-me de entrar no detalhe. Há de facto uma falha muito grande no nosso processo civilizacional, mas essa falha não consiste na nossa incapacidade de sermos mais europeus; consiste na nossa incapacidade de domesticar a transformação social, de encontrar formas de estar no mundo compatíveis com a complexidade do meio em que vivemos.
Não sei porque temos a tendência instintiva de atribuir nacionalidade a conceitos. Se alguém fala de "modernidade" diz-se logo "europeia", se alguém fala de "civilização", diz-se logo "europeia", "tradição, "africana", etc. Só havemos de começar a perceber a nossa realidade se abrirmos os nossos conceitos à complexidade do nosso quotidiano e se resistirmos à tentação de encontrar ofensa num sentido falso de identidade cultural. As pessoas simples que dão côr e alegria ao nosso quotidiano não precisam das ciências sociais para se defenderem. Elas sabem como gerir as suas vidas e a nossa função, como cientistas sociais, é de apenas, seguindo Weber, perceber o sentido que elas dão ao que fazem.
Para o debate estar em aberto é preciso reconhecer os limites da nossa actividade.
Um abraço
Elísio
By Elísio Macamo, at 1:14 AM
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