Diáspora
De Paulo Azevedo, se bem entendo um moçambicano a viver no Reino Unido, recebi um comentário a respeito da integração dos moçambicanos na diáspora. Aqui vai:
Quando era puto vivia numa urbe cheia de alegria e muita dinâmica social.
Ouvia sempre falar de turras e que ai vêm os russos. Coisa que não tardei a ver e compreender , pois a independência bateu à porta e o jubilo foi tanto. Até recordo haver chorado. Não sabia porquê mas o certo é que hoje sinto orgulho das tais lagrimas. Pelo chão ficaram o meu amor e paixão por Moçambique.
Hoje aqui, longe do meu coração, que deixei enterrado algures na mãe Pátria, revivo os triste anos após a independência com muito desdém de tudo .
Uma das coisas é a liberdade de expressão. Como ela foi-nos proibida e como ela foi manipulada. Hoje, martirizados pela intimidação pelo que "disse e deixou de dizer " muitas perguntas há por fazer. Mas será que vale a pena?
Ideias e debate acho um copo de água onde todo tipo de liquido cabe , embora reconheça o seu valor ético e moral . Mas não sendo a água benta do pluralismo da liberdade de expressão.
A diáspora
Hoje em dia vivem muitos moçambicanos fora das fronteiras nacionais. Com o alargamento do direito de voto a eles, deu-se um passo importante na sua inclusão nos assuntos da terra. É tão alta a consideração que por eles se nutre que até são chamados “moçambicanos na diáspora”.
Pois, a diaspora........... outro contexto outra querela. Diz-se inclusão, qual coisa qual ela !
Inclusão de quem? Os deportados por inconveniências políticas ou os que vivem na diáspora sob a efígie da realeza governativa?
Visitei Portugal e a África do Sul no período pós-eleições deste ano e lá anda uma pergunta no ar: QUEM FORAM OS QUE VOTARAM E ONDE FORAM VOTAR ?
Bem , o mesmo na tuga, em Londres, Havana ,Moscovo, Madrid ou nos States.
Será mesmo que nós, a diáspora, temos lugar no novo contexto ou é uma fantasia de fazer desenho para agradar o alheio?
A avó Nicha foi deportada para a tuga porque nunca concordou com dizer "VIVA A FRELIMO". Mas quando ouviu que os moçambicanos em Portugal podiam votar, ela lá foi, com todos os sacrifícios, desde os do transporte, até ao Porto. Procurou saber onde registar-se e acabou indo a Lisboa. Chegada lá o desgosto foi tanto quando lhe disseram que quem podia votar era malta estudante e os que tinham emigrado para a tuga há menos de três anos. Para alem disso ela já era passado.
Então e eu , que ando nestas paragens ...fiquei fora. Pois:
“alargamento do direito de voto a eles”... “deu-se um passo importante na sua inclusão nos assuntos da terra”. Que passo importante? Talvez mais importante é ser aceite pelos alheios que pelos nossos.
Bem , Elisio Macamo ou Olivia Faife podem ler o seguinte e reinterpretar as duas faces da diáspora hoje!
“Nós, portanto os moçambicanos que se encontram fora do país actualmente, somos aquilo que na Europa chamam de “refugiados económicos” ou que a indústria do desenvolvimento considera manifestação de “fuga de cérebros”. Embora por razões mais do que óbvias prefira a segunda designação, ambas são profundamente problemáticas”
Pois quem é a diáspora ,nós ou os representantes da corte governativa
(filhos , diplomatas e os amigos de conveniência)?
Presente & futuro
Adivinhar é coisa difícil de fazer. Recordo há algum tempo o FRENANDO GIL ter perguntado a alguém no forum do site : www.maputo.co.mz se antes como era possível um tal proclamar a victória do Guebuza.
Bem, que era verdade era , e já é realidade. Portanto será que há necessidade de fazer eleições nos próximos cinco anos? Marcelino dos Santos já anda aí dizendo: “o Partido é que decide”. Então já fica o recado que Afonso Dlakama é um elemento da Frelimo e a Renamo é tambem criação da mesma.
Ora vejamos , eu sou burro em matemática , mas essa de 1+1 = 30%, disculpem mas ninguém engole. É difícil ,mesmo que tenha que ir à escola dia e noite. Há quem prefere esquecer o futuro ,embora sabendo estar aí a porta.
Há dias um indivíduo perguntou-me quem eram Mário Araújo, Numburete, Linet, B. Pequenino , Devis Simango... enfim, uma lista deles.
A minha resposta foi única : São filhos de Deus.
Simplesmente, porquê essa resposta?
CUBA 1990
A História é mãe de muitas barbaridades e uma delas é o principio e o fim do Instituto Moçambicano, na Tanzania, coisa que voltou –se a repetir na minha pele, e de muitos outros moçambicanos hoje encurralados na desgraça em Cuba, nos fins de 1990.
Muito pouco sabe-se desde o Dezembro vermelho que estremeceu a diplomacia moçambicana e a hoste cubana.
Portanto, os tais acima mencionados são mesmo filhos de Deus e nós os esquecidos por Deus.
Aqui ficam marcas de uma verdade, como também foi o Instituto de Moçambique.
Porque milhares estudaram a ideologia da hoste , mas não a comungam.
Então quem comungará?
Quando era puto vivia numa urbe cheia de alegria e muita dinâmica social.
Ouvia sempre falar de turras e que ai vêm os russos. Coisa que não tardei a ver e compreender , pois a independência bateu à porta e o jubilo foi tanto. Até recordo haver chorado. Não sabia porquê mas o certo é que hoje sinto orgulho das tais lagrimas. Pelo chão ficaram o meu amor e paixão por Moçambique.
Hoje aqui, longe do meu coração, que deixei enterrado algures na mãe Pátria, revivo os triste anos após a independência com muito desdém de tudo .
Uma das coisas é a liberdade de expressão. Como ela foi-nos proibida e como ela foi manipulada. Hoje, martirizados pela intimidação pelo que "disse e deixou de dizer " muitas perguntas há por fazer. Mas será que vale a pena?
Ideias e debate acho um copo de água onde todo tipo de liquido cabe , embora reconheça o seu valor ético e moral . Mas não sendo a água benta do pluralismo da liberdade de expressão.
A diáspora
Hoje em dia vivem muitos moçambicanos fora das fronteiras nacionais. Com o alargamento do direito de voto a eles, deu-se um passo importante na sua inclusão nos assuntos da terra. É tão alta a consideração que por eles se nutre que até são chamados “moçambicanos na diáspora”.
Pois, a diaspora........... outro contexto outra querela. Diz-se inclusão, qual coisa qual ela !
Inclusão de quem? Os deportados por inconveniências políticas ou os que vivem na diáspora sob a efígie da realeza governativa?
Visitei Portugal e a África do Sul no período pós-eleições deste ano e lá anda uma pergunta no ar: QUEM FORAM OS QUE VOTARAM E ONDE FORAM VOTAR ?
Bem , o mesmo na tuga, em Londres, Havana ,Moscovo, Madrid ou nos States.
Será mesmo que nós, a diáspora, temos lugar no novo contexto ou é uma fantasia de fazer desenho para agradar o alheio?
A avó Nicha foi deportada para a tuga porque nunca concordou com dizer "VIVA A FRELIMO". Mas quando ouviu que os moçambicanos em Portugal podiam votar, ela lá foi, com todos os sacrifícios, desde os do transporte, até ao Porto. Procurou saber onde registar-se e acabou indo a Lisboa. Chegada lá o desgosto foi tanto quando lhe disseram que quem podia votar era malta estudante e os que tinham emigrado para a tuga há menos de três anos. Para alem disso ela já era passado.
Então e eu , que ando nestas paragens ...fiquei fora. Pois:
“alargamento do direito de voto a eles”... “deu-se um passo importante na sua inclusão nos assuntos da terra”. Que passo importante? Talvez mais importante é ser aceite pelos alheios que pelos nossos.
Bem , Elisio Macamo ou Olivia Faife podem ler o seguinte e reinterpretar as duas faces da diáspora hoje!
“Nós, portanto os moçambicanos que se encontram fora do país actualmente, somos aquilo que na Europa chamam de “refugiados económicos” ou que a indústria do desenvolvimento considera manifestação de “fuga de cérebros”. Embora por razões mais do que óbvias prefira a segunda designação, ambas são profundamente problemáticas”
Pois quem é a diáspora ,nós ou os representantes da corte governativa
(filhos , diplomatas e os amigos de conveniência)?
Presente & futuro
Adivinhar é coisa difícil de fazer. Recordo há algum tempo o FRENANDO GIL ter perguntado a alguém no forum do site : www.maputo.co.mz se antes como era possível um tal proclamar a victória do Guebuza.
Bem, que era verdade era , e já é realidade. Portanto será que há necessidade de fazer eleições nos próximos cinco anos? Marcelino dos Santos já anda aí dizendo: “o Partido é que decide”. Então já fica o recado que Afonso Dlakama é um elemento da Frelimo e a Renamo é tambem criação da mesma.
Ora vejamos , eu sou burro em matemática , mas essa de 1+1 = 30%, disculpem mas ninguém engole. É difícil ,mesmo que tenha que ir à escola dia e noite. Há quem prefere esquecer o futuro ,embora sabendo estar aí a porta.
Há dias um indivíduo perguntou-me quem eram Mário Araújo, Numburete, Linet, B. Pequenino , Devis Simango... enfim, uma lista deles.
A minha resposta foi única : São filhos de Deus.
Simplesmente, porquê essa resposta?
CUBA 1990
A História é mãe de muitas barbaridades e uma delas é o principio e o fim do Instituto Moçambicano, na Tanzania, coisa que voltou –se a repetir na minha pele, e de muitos outros moçambicanos hoje encurralados na desgraça em Cuba, nos fins de 1990.
Muito pouco sabe-se desde o Dezembro vermelho que estremeceu a diplomacia moçambicana e a hoste cubana.
Portanto, os tais acima mencionados são mesmo filhos de Deus e nós os esquecidos por Deus.
Aqui ficam marcas de uma verdade, como também foi o Instituto de Moçambique.
Porque milhares estudaram a ideologia da hoste , mas não a comungam.
Então quem comungará?
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