A opinião de José Paulo Gouveia Lemos
José paulo Gouveia Lemos tem um blog, o Sem Tecnica (lamento mas ainda não sei fazer links para outros blogs) e publicou lá o seguinte texto:
Um dos blogs que tenho lido é o Idéias para Debates, do agora também
bloguista Machado da Graça. Na verdade ainda não se pode caracterizar o Machado como um bloguista pois o mesmo vem mais reproduzindo textos de terceiros e esperando a reação de quartos pois pelo espaço aberto por ele não ficamos bem a entender o que pensa o mesmo sobre as idéias dos outros.
Mas uma das coisas que o "Idéias para Debates" vem me satisfazendo, é a possibilidade de ler o que pensam as pessoas que vivem Moçambique e em Moçambique.
O último texto que li foi o "Elisio Macamo comenta Tibana" o que me fez reler o texto "Fasquia Alta", uma reprodução de uma crônica do
economista Roberto Tibana.
A visão crítica de Tibana, em relação à administração da Frelimo desde 1975, dos tempos da ditadura pós colônia e depois na democracia, que parece, pela visão do mesmo, só veio para fortalecer a arrogância do partido no governo mesmo após a implantação do voto em terras moçambicanas. O economista não deixa de comparar a imagem negativa da Renamo em relação à má administração dos meticais que este partido, na oposição, recebe do Estado - melhor seria dizer, do povo moçambicano - com
os desvios e corrupção instalada que fazem que parte desses rendimentos vão parar nos cofres do partido no Governo, no caso a Frelimo. Se partilho do espírito crítico do Dr. Tibana, não partilho nem um pouco a comparação de incompetências, do tipo quem é menos incompetente, quem é menos corrupto. Moçambique não precisa e nem deve discutir isso. Moçambique precisa discutir é quem é mais competente, quem não é corrupto. E ainda, pena só ficar-se à roda de dois nomes, Frelimo e Renamo.
Por outro lado, não podemos também entrar na visão comodista, do ser
humano fraco que " têm a tendência de procurar tirar proveito individual de determinadas situações que se prestam a isso" como diz Elisio quando comenta Tibana. Ora, procura tirar proveito do povo, do próximo, quem tem tendência de ser malandro. Esse ditado que diz que "A situação faz o ladrão" não é bem assim; no máximo, a situação poderá confirmar que se é um ladrão. Também achar que se as instituições estão emperradas, que funcionam à base do molha a mão do fulano, que certos crimes não são solucionados nunca e isso não tem nada a haver com o governo que administra o país, também é algo como tapar o sol com a peneira.
De uma forma simples, que talvez um dia eu tenha a paciência de explorar e detalhar melhor o que penso sobre isso, mas talvez o maior problema de Moçambique atual seja a existência destes dois partidos, Frelimo e Renamo.
Se eu tivesse uma varinha de condão,... plim..., uma reforma partidária na tenra democracia moçambicana, o fim destes dois partidos e o inicio do fim dessa concorrência estúpida de quem tem mais valor para a história do país, quem tem o direito de ficar mais rico e virar empresário, quem tem mais direito de ser um simples mortal e por isso se aproveitar da tendência natural de se aproveitar das situações.
Um dia perceberão que os verdadeiros heróis não estão nas poltronas dos dois "grandes" partidos, e para o bem do país que sejam os que estão hoje nas poltronas a perceber isso primeiro.
Um dos blogs que tenho lido é o Idéias para Debates, do agora também
bloguista Machado da Graça. Na verdade ainda não se pode caracterizar o Machado como um bloguista pois o mesmo vem mais reproduzindo textos de terceiros e esperando a reação de quartos pois pelo espaço aberto por ele não ficamos bem a entender o que pensa o mesmo sobre as idéias dos outros.
Mas uma das coisas que o "Idéias para Debates" vem me satisfazendo, é a possibilidade de ler o que pensam as pessoas que vivem Moçambique e em Moçambique.
O último texto que li foi o "Elisio Macamo comenta Tibana" o que me fez reler o texto "Fasquia Alta", uma reprodução de uma crônica do
economista Roberto Tibana.
A visão crítica de Tibana, em relação à administração da Frelimo desde 1975, dos tempos da ditadura pós colônia e depois na democracia, que parece, pela visão do mesmo, só veio para fortalecer a arrogância do partido no governo mesmo após a implantação do voto em terras moçambicanas. O economista não deixa de comparar a imagem negativa da Renamo em relação à má administração dos meticais que este partido, na oposição, recebe do Estado - melhor seria dizer, do povo moçambicano - com
os desvios e corrupção instalada que fazem que parte desses rendimentos vão parar nos cofres do partido no Governo, no caso a Frelimo. Se partilho do espírito crítico do Dr. Tibana, não partilho nem um pouco a comparação de incompetências, do tipo quem é menos incompetente, quem é menos corrupto. Moçambique não precisa e nem deve discutir isso. Moçambique precisa discutir é quem é mais competente, quem não é corrupto. E ainda, pena só ficar-se à roda de dois nomes, Frelimo e Renamo.
Por outro lado, não podemos também entrar na visão comodista, do ser
humano fraco que " têm a tendência de procurar tirar proveito individual de determinadas situações que se prestam a isso" como diz Elisio quando comenta Tibana. Ora, procura tirar proveito do povo, do próximo, quem tem tendência de ser malandro. Esse ditado que diz que "A situação faz o ladrão" não é bem assim; no máximo, a situação poderá confirmar que se é um ladrão. Também achar que se as instituições estão emperradas, que funcionam à base do molha a mão do fulano, que certos crimes não são solucionados nunca e isso não tem nada a haver com o governo que administra o país, também é algo como tapar o sol com a peneira.
De uma forma simples, que talvez um dia eu tenha a paciência de explorar e detalhar melhor o que penso sobre isso, mas talvez o maior problema de Moçambique atual seja a existência destes dois partidos, Frelimo e Renamo.
Se eu tivesse uma varinha de condão,... plim..., uma reforma partidária na tenra democracia moçambicana, o fim destes dois partidos e o inicio do fim dessa concorrência estúpida de quem tem mais valor para a história do país, quem tem o direito de ficar mais rico e virar empresário, quem tem mais direito de ser um simples mortal e por isso se aproveitar da tendência natural de se aproveitar das situações.
Um dia perceberão que os verdadeiros heróis não estão nas poltronas dos dois "grandes" partidos, e para o bem do país que sejam os que estão hoje nas poltronas a perceber isso primeiro.
1 Comments:
Quero agradecer José Lemos pela oportunidade que me dá de tornar ainda mais claro o que eu queria dizer e ver se, dessa maneira, me livro da posição "cómoda" que me atribui. Sou de opinião que nenhum crime se pode justificar pela fome, pobreza ou seja o que for; qualquer que seja a razão, devia ser repreensível. Da mesma maneira, temos o direito de esperar que as instituições do Estado funcionem bem. Quanto a isto estamos todos de acordo, julgo. O que eu queria dizer no meu comentário, contudo, é que os sérios problemas apontados por Tibana não se explicam apenas pelo facto de haver um grupo conspiratório de pessoas por detrás. É possível que não tenha sido este o seu argumento, mas a leitura do texto sugere justamente isso. Como diz Gabriel Muthise, e muito bem, essa maneira de expôr os problemas sugere a ideia de que substituindo os malandros tudo vai correr bem. Aliás, parece ser esta a posição de José Lemos. Os problemas de Moçambique são muito mais sérios do que isso. Precisamos de os abordar a partir de várias perspectivas.
Elísio
By Elísio Macamo, at 1:48 AM
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